quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Analfabetismo político

  Toda a forma de analfabetismo deve ser enfrentada quando lutamos por uma sociedade mais justa e equilibrada, com respeito aos direitos fundamentais dentro de um sistema realmente democrático que não seja um conjunto de devaneios inacessíveis de um sistema paternalista que nos ofereça tudo "de graça" e da melhor qualidade, pois nada se oferece sem preço por aqueles que se oferecem para nos governar. 
  Ao pensar na palavra governar, penso também em outra, representar. Esta sim, tem mais sonoridade para quem quer uma sociedade de plenos direitos. 
  Cresci com a ditadura militar e vivi a abertura política quando ainda era adolescente porém, apesar do fato histórico ser bem vindo, demoramos para sair das fraldas e assumir o papel de protagonistas de uma República. Ainda temos vontade de encontrar um líder supremo que estabeleça a ordem e "banque" nossas vontades, trazendo toda a justiça social e prosperidade.
  Não entendemos o que é partido e representabilidade, pois os mesmos se proliferaram sem nos representar, apenas usando de seus direitos de agremiações para ganhar espaço no poder, usando a nós como combustível de seu fortalecimento e controle sobre a situação. 
  Os velhos "lobos" da ditadura agora são representantes legítimos da vontade de ser dominado que parcela da população tem. A parte restante elege populistas que agarraram a oportunidade de sentar no trono e perpetuar a pobreza. Pois é, eles adoram a pobreza que os sustenta, pois com ela, uma série de situações favorecem a incapacidade de tomar conta de si mesmos.
  Tudo faz sentido quando se elege alguém que parece não fazer nada. Um perfeito "cone" ocupando o executivo ou legislativo. É só não piorar que está bom.
  Cadê a audácia, a visão administrativa e a vontade política?